sábado, 28 de junho de 2008

1984, de George Orwell

Olá a todos!

PS (pre scriptum): Haverá um severá digressão antes de se iniciar o assunto do título.

Inicialmente, gostaria de bradar comemorativamente: FÉRIAS!!! Sim, após dois bimestres de aulas e quatro semanas de provas, eu e meus amigos temos o merecido tempo de descanso chamado de Férias! (Claro que Sagarana e os 400 exercícios de revisão “sugeridos” pelo colégio são um mero detalhe... mas creio que seja possível tirar um semana de descanso...).

Bastante egocentricamente (e fugindo muito da proposta de criação do blog), gostaria de declarar publicamente que tive uma divertida primeira tarde de férias. Na sexta-feira, tive a primeiro noção precisa do que vou estudar durante um ano na minha provável faculdade (Economia, na FEA-USP, se possível): tive cinco horas de Cálculo, que se resumiram, bem simplificadamente, em limites, gráficos e derivadas. (Para os que tiverem curiosidade: é o número de euller... e é a definição de derivada [tenho a leve impressão de que as equações não vão aparecer...]). Após essas aulas ministradas pelo Professor Irineu, eu e mais cinco pessoas fomos assistir a WALL-E. É um filme bastante interessante, apesar de ter dividido a opinião do grupo (três pessoas gostaram e três não gostaram). Eu, particularmente, achei uma animação bem feita e competente, com um história divertida e um certo tributo “subliminar” ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço.


Agora creio que eu deva falar sobre o título da postagem, certo? Já falei uma vez sobre esse autor em A Revolução dos Bichos, de George Orwell. Terei que reafirmar que a leitura de 1984 só me fez ter mais certeza sobre a genialidade de um dos maiores literatos do século XX. Ele, nesse livro, não só demonstra uma incrível habilidade com as palavras, construindo belíssimas figuras de linguagem, como também trabalha com a mente humana e com a crueldade que é um regime totalitário. Só para dar um exemplo da arte refina desse autor: Se queres uma imagem do futuro, pensa uma bota prensando um rosto humano para sempre. (Espero que esse não seja, de fato, o futuro.)

Orwell, em 1984, trabalha novamente com a importância do discurso, uma vez que o domínio da linguagem pode ludibriar multidões, fazendo-as facilmente acreditar em falácias. Esse poder, no contexto, torna-se tão extraordinário que acaba por cria uma nova língua, a Novilíngua, capaz de impedir com que as pessoas pensassem, ou seja, exterminando o que nos faz humanos, o pensar racional.

A propaganda também é extensivamente trabalhada durante o livro, que deixa bastante claro o quanto a Publicidade pode transformar e moldar as pessoas, impelindo-as a agir de um determinada maneira, como, por exemplo, a idolatrar e a amar o Grande Irmão (Big Brother, no original em Inglês).

Infelizmente, o nome daquele programa redutor de capacidade intelectual é baseado nesse livro... Por um motivo simples, na Oceania (país no qual se passa a história de 1984), existe a teletela, um aparelho capaz de observar tudo que o indivíduo fizesse, impedindo-o de viver livremente. Isso lembra vagamente as câmeras de TV de um certo programa, não? Aliás creio que esse programa seria ideal para os objetivos do Partido e do Grande Irmão, obliterar a razão humana.

Em suma, só posso recomendar, com veemência, que 1984, seja lido. Afinal, ele é um livro fundamental ao entendimento do mundo e que todo jovem, ainda durante o Ensino Médio, deveria lê-lo. (Essa última oração foi dita por um professor meu. Tenho que concordar com ele.)

Agora, mudarei de assunto. Passarei a falar sobre Da República, de Marco Túlio Cícero. Como já lhes contei, comecei a ler esse livro devido à SiEM (representarei o autor desse livro no Senado Romano) e, mesmo não tendo ainda o terminado, já aprendi muitas coisas. Listarei algumas:

· Já me falaram, em aulas de história, um número infinito de vezes sobre quanto os romanos odiavam os reis e eu acreditava. Contudo, nunca dera conta de como esse ódio poderia ser tão grande! Ao ler Da República, esse sentimento torna-se, até mesmo, contagioso! Sérvio e Tarquínio foram reis malévolos que desrespeitaram a vontade do povo romano e reinaram sem seu consentimento. Eles, indubitavelmente, mereceram tão grandioso ódio, que fundiu-se, durante séculos, à palavra rex.

· Também já me falaram sobre importância de Rômulo. Entretanto, só a compreendi pelas palavras de Cícero: Rômulo não era apenas o fundador da cidade. Rômulo era aquele que permitiu que Roma fosse gloriosa! Era aquele rei tão grandioso que, após a morte, tornou-se um deus (chamado Quirino)! Aliás, ele também era responsável por ligar o romanos aos deuses, afinal era filho de Marte com uma descendente de Enéias, filho de Vênus!

· O significado do Senado também já me fora dito inúmeras vezes, mas compreender sua simbologia só é possível lendo escritos da época. O Senado era sagrado pelo seguinte motivo: seus membros, os patrícios, era herdeiros diretos de um grupo de cidadãos que o próprio Rômulo escolheu como conselheiros e os chamou de pais de Roma (“pai”, em latim, é pater, que originou “patrício”).

· Por fim, etimologia: a palavra “proletário” nomeava a mais baixa categoria social em Roma, cujos membros só tinham uma utilidade para a cidade, gerar filhos, ou seja, ter uma “prole”. Considerei muito forte o original significado dessa palavra, ela é, praticamente, uma ofensa, pois, ao chamar alguém de “proletário”, você, de maneira indireta, a chama de inútil e a iguala a um animal!!!

Creio que isso seja tudo que tenho a dizer por hoje, até porque estou cansado... Pretendo escrever mais sobre Da República assim que terminar de lê-lo, o que deve ser logo.

Até mais!!

Vítor Augusto Possebom

PS (post scriptum): Pretendo, durante esse mês, escrever sobre o que denomino de poder das palavras. Creio que ele seja abstrato de mais... e até supersticioso... o que eu não gosto (pois nego superstições)... Portanto, talvez eu não escreva sobre isso... vou apenas pensar.

PS 1: Creio que bati meu record de prolixidade hoje!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Um meme

Olá a todos!!

Minha última postagem foi a dezoito dias, portanto é bom que eu dê sinal de vida, certo? Digamos que os estudos para as provas bimestrais e, sobretudo, para os exames vestibulares têm me tomado um tempo demasiadamente grande. Fora os estudos, eu tenho lido um livro, mais especificamente Da República, de Marco Túlio Cícero. Pretendo, assim que terminar de lê-lo, escrever sobre ele aqui, pois notei que muitos dos problemas citados por Cícero ainda estão presentes no mundo atual.


Eu, obviamente, não vou escrever só isso, afinal de contas eu sou prolixo, não é mesmo? Para arranjar assunto, eu resolvi ressuscitar um meme que achei no blog de uma amigo (http://bubbletheory.wordpress.com/). Então, vamos ao meme:

1. Go to http://images.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi/

2. Type in your answer to the question in the "search" box

3. Use only the first page

4. Copy the html and paste for the answer.

1. What is your first name?

A escolha foi bastante aleatória...

2. What is your favorite food?

Os italianos são excelentes cozinheiros!

3. What school did you go to?

"Ou você escolhe o trabalho, o caminho mais difícil, ou você não fica aqui. Ou você dá o seu sangue pra construir alguma coisa dentro de você, com você e com os outros, colegas e professores, ou você não fica aqui. Por que você não fica aqui? Porque aqui é um lugar de excelência. Como diria Nietzsche, 'nós temos um parentesco muito maior com os camelos e bois do que com as flores e borboletas'."


4. What is your favorite color?

5. Who is your celebrity crush?


6. Who is your favorite Disney Princess?

Serve um rei?

7. Favorite drink?


8. Dream Vacation?

De Capela, ela não tem nada.

9. Favorite Dessert?

Sorvete, mais bolacha, mais chocolate! Precisa explicar mais alguma coisa?

10. What do you want to be when you grow up?

Se eu for 10% do que ele foi, eu já estou muito feliz mesmo!


11. What do you love most in life?

Sorrisos seguidos de bom-dias alegram o dia de qualquer um. Duas pessoas muito importantes para mim dominam essa técnica com bastante perfeição.

12. One word to describe you?

Essa imagem poderia tematizar um dos posts desse blog.

13. What do you dream about?

Mesmo comentário da resposta 10.





Valete, Fatres!!

Vítor

PS: Prometo que o próximo tópico terá mais haver com o objetivo inicial do blog.

domingo, 8 de junho de 2008

O Grande Ditador

Olá a todos!

Provavelmente, um dos melhores filmes de todos os tempos é o Grande Ditador, de Charles Chaplin (indubitavelmente, um gênio que sempre será lembrado na história do cinema).
Esse filme, em sua cena final, apresenta um dos mais belos discursos que eu já ouvi. Devido a tamanha grandeza, transcrevo-o aqui:

"I'm sorry but I don't want to be an Emperor - that's not my business - I don't want to rule or conquer anyone. I should like to help everyone if possible, Jew, gentile, black man, white. We all want to help one another, human beings are like that.

We all want to live by each other's happiness, not by each other's misery. We don't want to hate and despise one another. In this world there is room for everyone and the earth is rich and can provide for everyone.

The way of life can be free and beautiful.
But we have lost the way.

Greed has poisoned men's souls -
has barricaded the world with hate;
has goose-stepped us into misery and bloodshed.

We have developed speed but we have shut ourselves in:
machinery that gives abundance has left us in want.
Our knowledge has made us cynical,
our cleverness hard and unkind.
We think too much and feel too little:
More than machinery we need humanity;
More than cleverness we need kindness and gentleness.

Without these qualities, life will be violent and all will be lost.

The aeroplane and the radio have brought us closer together. The very nature of these inventions cries out for the goodness in men, cries out for universal brotherhood for the unity of us all. Even now my voice is reaching millions throughout the world, millions of despairing men, women and little children, victims of a system that makes men torture and imprison innocent people. To those who can hear me I say "Do not despair".

The misery that is now upon us is but the passing of greed, the bitterness of men who fear the way of human progress: the hate of men will pass and dictators die and the power they took from the people , will return to the people and so long as men die [now] liberty will never perish. . .

Soldiers - don't give yourselves to brutes, men who despise you and enslave you - who regiment your lives, tell you what to do, what to think and what to feel, who drill you, diet you, treat you as cattle, as cannon fodder.

Don't give yourselves to these unnatural men, machine men, with machine minds and machine hearts. You are not machines. You are not cattle. You are men. You have the love of humanity in your hearts. You don't hate - only the unloved hate. Only the unloved and the unnatural. Soldiers - don't fight for slavery, fight for liberty.
In the seventeenth chapter of Saint Luke it is written
"the kingdom of God is within man "
- not one man, nor a group of men - but in all men - in you, the people.

You the people have the power, the power to create machines, the power to create happiness. You the people have the power to make life free and beautiful, to make this life a wonderful adventure. Then in the name of democracy let's use that power - let us all unite. Let us fight for a new world, a decent world that will give men a chance to work, that will give you the future and old age and security. By the promise of these things, brutes have risen to power, but they lie. They do not fulfil their promise, they never will. Dictators free themselves but they enslave the people. Now let us fight to fulfil that promise. Let us fight to free the world, to do away with national barriers, do away with greed, with hate and intolerance. Let us fight for a world of reason, a world where science and progress will lead to all men's happiness.

Soldiers - in the name of democracy, let us all unite!"

Até logo, caros leitores!
Vítor Augusto Possebom

PS: Eu aceito que só postei isso para dizer que estou vivo. Afinal de contas, ausentei-me durante muito tempo desse blog por motivos de excesso de estudo. PS do PS: "Férias" seriam úteis...