sábado, 29 de março de 2008

Esclarecimentos

A propósito, parte-se do princípio que todos os textos publicados neste blog foram escritos por minha pessoa (Vítor). Caso o texto seja de autoria alheia, isso vem claramente especificado.

A Inércia Humana

Olá a todos!

Essa postagem é, principalmente, para dizer que eu ainda estou vivo, afinal faz tempo que não publico aqui.

De fato, eu até poderia falar sobre a viagem de Nicolas Sarkozy para o Reino Unido e o sucesso que Calra Bruni-Sarkozy fez na terra de Adam Smith ou, então, sobre a crise agrícola argentina ou sobre algum dos não tão novos escândalos brasileiros. Mas estou com muita preguiça de pensar e escrever sobre esses temas, porque já pensei demais por hoje (estudos de Física e textos da OMC). Por isso, vou publicar um texto que eu fiz para Redação. Pode-se dizer que ele até fala sobre política:

A Inércia Humana

A Terceira Lei de Newton postula que para toda ação há uma reação. Levando esse princípio para a sociedade, espera-se que para cada ato do governo haja uma resposta por parte do povo. Contudo, essa regra nem sempre é válida, haja vista que freqüentemente, a população permanece inerte em relação à comum incompetência governamental.

Essa apatia não necessita de nenhum microscópico eletrônico para ser percebida, uma vez que é facilmente notada em um rápida folheada de páginas do jornal. Lê-se sobre o apagão aéreo, sobre a possível crise energética, sobre o mensalinho, sobre o mensalão, sobre os sanguessugas, sobre os cartões de crédito corporativos e sobre uma diversidade de escândalos tão grande quanto o número de folhas na Amazônia! No entanto, nada se vê sobre a reação dos brasileiros perante esse desrespeito do governo para com os cidadãos! Ou alguém já ouviu falar de algum protesto na simbólica Esplanada dos Ministérios contra a escassez de competência e de moral dos representantes da Nação Brasileira?

O mais triste desse fato é que ele não é causado por falta de liberdade, como nas ditaduras dispersas pelo Globo. A Constituição Federal de 1988, inclusive, incentiva a indignação da população diante dessas afrontas, uma vez que, em artigo quinto, garante a livre expressão, independente de censura ou licença, bem como a liberdade de associação para fins lícitos, como a organização de uma passeata pela Ética. Entretanto, o povo parece ignorar esses direitos, mantendo-se quieto e imóvel dentro de suas casas, apenas assistindo, enfastiadamente, à ruína da civilidade no governo! Afinal, as pessoas acreditam que essa desastre não as afeta! Doce engano de inconseqüentes!

Dessa forma, percebe-se que a inércia da população é devida ao pior dos analfabetismos, o político. Portanto, é imprescindível uma melhora na educação, uma vez que é devido à ignorância política que, nas palavras de Brecht, nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo.



PS: se eu alguém estiver lendo esse blog e queira comentar sobre a pequena mudança de visual, eu agradeço.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Pessoas Admiráveis

Olá a todos!

Como vocês devem ter reparado, já houve duas postagens sobre pessoas admiráveis (Ruy Barbosa - http://argumentoparnasiano.blogspot.com/2008/02/ruy-baborsa.html ; e Martin Luther King Junior - http://argumentoparnasiano.blogspot.com/2008/03/ol-todos-inicialmente-esse-blog-no-tem.html ), bem como na postagem sobre a França ( http://argumentoparnasiano.blogspot.com/2008/03/vive-la-france.html ) foram citadas diversas pessoas admiráveis. Em um certo debate com um amigo meu (pelo qual tenho muita consideração), ele me disse que eu tratava as pessoas admiráveis como sendo superiores. De fato, pode parecer que penso dessa forma, contudo devo dizer que tal afirmação não é veraz. Deixem-me esclarecer minhas idéias.

Algumas pessoas, por tudo que elas fizeram e foram (seus atos, suas conquistas, o desenvolvimento que elas geraram no mundo), podem ser consideradas admiráveis. No entanto, elas, de maneira alguma, são, essencialmente, superiores aos reles mortais. Creio que devemos não tê-las como algo inalcançável, mas sim como pessoas a servirem de exemplo. Exemplo de vida, exemplo de persistência para que por meio de nosso próprio esforço possamos alcançá-las e, inclusive superá-las.

Digo que podemos superá-las, pois não partimos do zero, elas já nos construíram alicerces. Basta que nós continuemos suas obras e terminemos os monumentos para, assim, gravarmos nossos nomes nas estrelas, ao lado dos nomes das pessoas admiráveis.

Portanto, gostaria de dizer: Os grandes homens não foram feitos para serem temidos, mas sim para inspirarem nossa própria grandeza.

PS: Coloco o seguinte texto como PS, pois ele é apenas um anexo, entretanto devo ressaltar que esse escrito é de enorme importância e, certamente, merece um grande destaque.

Muitos pensam que as grandes pessoas são inacessíveis e todas elas famosas mundialmente ou, no mínimo, nacionalmente. Terei que discordar com veemência! Conheci e convivi com uma pessoa de esplendorosa grandiosidade. Ela não só transmitiu seus profundos saberes históricos, como também me ensinou a viver. Foi com ela, por meio do exemplo, que aprendi a enfrentar qualquer desafio (mesmo aqueles que estivessem acima da capacidade humana) e sempre dar a cara a bater. Ela, com certeza, foi essencial a minha vida. Eu nunca teria enfrentado tantas coisas, com tanto empenho, caso ela não tivesse me ensinado a encarar vida! Tenho que deixar claro minha mais profunda admiração por uma das pessoas mais brilhantes e grandiosas que já cruzaram o meu caminho da vida! Professora e mestra Cinilia Tadeu Gisondi, obrigado!

PS do PS: O mesmo amigo que eu citei lá em cima também me inspirou (em um trecho, quase literalmente) nesse PS.



Assinado: Vítor Augusto Possebom (mesmo o que está em itálico é de minha autoria)

sábado, 15 de março de 2008

Vive la France!



Boa-tarde, Senhores Ministros.
É com muito prazer que eu, Bernard Kouchner, Ministro das Relações Exteriores e Européias, declaro a delegação da República Francesa presente e votante na sessão ministerial da Organização Mundial do Comércio. Espero que os debates ocorram de maneira ordenada e sejam muito proveitosos!


Agora, um pouco de Nacionalismo Transferido:


La Marseillaise

Allons enfants de la Patrie,
Le jour de gloire est arrivé !
Contre nous de la tyrannie,
L'étendard sanglant est levé, (bis)
Entendez-vous dans les campagnes
Mugir ces féroces soldats ?
Ils viennent jusque dans vos bras
Egorger vos fils, vos compagnes !

Refrain :
Aux armes, citoyens,
Formez vos bataillons,
Marchons, marchons !
Qu'un sang impur
Abreuve nos sillons !

Que veut cette horde d'esclaves,
De traîtres, de rois conjurés ?
Pour qui ces ignobles entraves,
Ces fers dès longtemps préparés ? (bis)
Français, pour nous, ah ! quel outrage
Quels transports il doit exciter !
C'est nous qu'on ose méditer
De rendre à l'antique esclavage !

Quoi ! des cohortes étrangères
Feraient la loi dans nos foyers !
Quoi ! ces phalanges mercenaires
Terrasseraient nos fiers guerriers ! (bis)
Grand Dieu ! par des mains enchaînées
Nos fronts sous le joug se ploieraient
De vils despotes deviendraient
Les maîtres de nos destinées !

Tremblez, tyrans et vous perfides
L'opprobre de tous les partis,
Tremblez ! vos projets parricides
Vont enfin recevoir leurs prix ! (bis)
Tout est soldat pour vous combattre,
S'ils tombent, nos jeunes héros,
La terre en produit de nouveaux,
Contre vous tout prets à se battre !

Français, en guerriers magnanimes,
Portez ou retenez vos coups !
Epargnez ces tristes victimes,
A regret s'armant contre nous. (bis)
Mais ces despotes sanguinaires,
Mais ces complices de Bouillé,
Tous ces tigres qui, sans pitié,
Déchirent le sein de leur mère !

Amour sacré de la Patrie,
Conduis, soutiens nos bras vengeurs
Liberté, Liberté chérie,
Combats avec tes défenseurs ! (bis)
Sous nos drapeaux que la victoire
Accoure à tes mâles accents,
Que tes ennemis expirants
Voient ton triomphe et notre gloire !

Nous entrerons dans la carrière
Quand nos aînés n'y seront plus,
Nous y trouverons leur poussière
Et la trace de leurs vertus (bis)
Bien moins jaloux de leur survivre
Que de partager leur cercueil,
Nous aurons le sublime orgueil
De les venger ou de les suivre

A Marselhesa

Avante, filhos da Pátria,
O dia da Glória chegou.
O estandarte ensangüentado da tirania
Contra nós se levanta.
Ouvís nos campos rugirem
Esses ferozes soldados?
Vêm eles até nós
Degolar nossos filhos, nossas mulheres.
Às armas cidadãos!
Formai vossos batalhões!
Marchemos, marchemos!
Nossa terra do sangue impuro se saciará!


O que deseja essa horda de escravos
de traidores, de reis conjurados?
Para quem (são) esses ignóbeis entraves
Esses grilhões há muito tempo preparados? (bis)
Franceses! Para vocês, ah! que ultraje!
Que elans deve ele suscitar!
Somos nós que se ousa criticar
sobre voltar à antiga escravidão!


Que! essas multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
Que! as falanges mercenárias
Arrasariam nossos fiéis guerreiros (bis)
Grande Deus! por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vís tornar-se-iam
Mestres de nossos destinos!


Estremeçam, tiranos! e vocês pérfidos,
Injúria de todos os partidos,
Tremei! seus projetos parricidas
Vão enfim receber seu preço! (bis)
Somos todos soldados para combatê-los,
Se nossos jovens heróis caem,
A França outros produz
Contra vocês, totalmente prontos para combatê-los!


Franceses, em guerreiros magnânimes,
Levem/ carreguem ou suspendam seus tiros!
Poupem essas tristes vítimas,
que contra vocês se armam a contragosto. (bis)
Mas esses déspotas sanguinários
Mas esses cúmplices de Bouillé,
Todos esses tigres que, sem piedade,
Rasgam o seio de suas mães!...


Entraremos na batalha
Quando nossos antecessores não mais lá estarão.
Lá encontraremos suas marcas
E o traço de suas virtudes. (bis)
Bem menos ciumentos de suas sepulturas
Teremos o sublime orgulho
De vingá-los ou de seguí-los.


Amor Sagrado pela Pátria
Conduza, sustente nossos braços vingativos.
Liberdade, querida liberdade
Combata com teus defensores!
Sob nossas bandeiras, que a vitória
Chegue logo às tuas vozes virís!
Que teus inimigos agonizantes
Vejam teu triunfo e nossa glória.


Grandes Franceses

Victor Hugo


Oscar-Claude Monet


Pierre-Auguste Renoir


Charles-Louis de Secondat, Montesquieu


François-Marie Arouet, Voltaire


Jean-Jacques Rousseau


Afinal que outra nação teve tão grandes homens? Que outra nação tinha o Sol como rei? Que outra nação foi a terra do Iluminismo? Que outra nação gritou Liberté, Egalité, Fraternité durante a Revolução Francesa? Que outra nação foi o epicentro de todas as revoluções do XIX? Que outra nação foi corajosa o suficiente para bombardear suas próprias terras para libertar o mundo da tirania Nazista?

SÓ A FRANÇA TEM TANTA HISTÓRIA E HONRA!!!

VIVE LA FRANCE!!!

domingo, 9 de março de 2008

Linguagem Impessoal

Olá!

Como muito provavelmente vocês devem saber, textos dissertativos e científicos devem ser escritos com linguagem impessoal, o que significa, basicamente, o emprego da terceira pessoa do singular.

Repetia essa estrutura sem contestá-la, afinal de contas apresentaram-na, no colégio, como uma verdade clara e irrefutável. Contudo, qual não foi minha surpresa ao ler um texto de Rubem Alves, em minha apostila de Gramática, que a criticava duramente:

“No dia 13 de agosto de 1979, dia cinzento e triste, que me causou arrepios, fui para o meu laboratório, onde, por sinal, pendurei uma tela de Bruegel, um dos meus favoritos. Lá, trabalhando com tripanossomas, e vencendo uma terrível dor de dentes...” Não. De saída tal artigo seria rejeitado, ainda que os resultados fossem soberbos. O estilo... O cientista não deve falar. É o objeto que deve falar por meio dele. Daí o estilo impessoal, vazio de emoções e valores:

Observa-se

Constata-se

Obtém-se

Conclui-se

Quem? Não faz diferença...

(ALVES, Rubem. Filosofia da ciência. São Paulo: Brasiliense, 1991, p. 149)

Essa surpresa causou um certa reflexão, que acredito ser interessante, a respeito dos textos dissertativos e científicos. É triste notar que, por mais genial que seja o cientista ou escritor, ninguém irá se importar com a opinião dele a respeito do estudo, apenas se importarão com aquilo que foi estudado ou escrito. Portanto, enquanto o sujeito do conhecimento habita em um mar de escuridão, o objeto do conhecimento resplandece em um mundo de luz.

Até mais!

PS: Preciso pensar em uma nova saudação.

PS 1: Eu até pretendia escrever sobre uma coisa que reparei recentemente, mas estava com preguiça de escrever um texto novo... Então, decidi pegar essa postagem que já estava escrita há um tempinho...

quarta-feira, 5 de março de 2008

Martin Luther King Jr

Olá a todos!


Inicialmente, esse blog não tem mais data definida para receber postagens, ou seja, quando eu quiser eu posto. Claro, que tentarei manter uma certa periodicidade. Bem como não há mais temas pré-definidos para as postagens, isto é, o que me vier a mente eu posto. Ou seja, esse blog está cada vez mais um blog.

Agora o texto anteriormente escrito:

Antes de mais nada, eu sei que esse blog é sobre Língua Portuguesa, contudo reconheço que a grande escritores e oradores por todo o mundo e, sem dúvida Martin Luther King Junior foi um destes.


I have a dream, seu mais famoso discurso, foi proferido em 28 de agosto de 1963, no Memorial Lincoln em Washington, D.C. Abaixo o link para o vídeo e trechos do discurso:

http://www.youtube.com/watch?v=PbUtL_0vAJk

In a sense we've come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the "unalienable Rights" of "Life, Liberty and the pursuit of Happiness." It is obvious today that America has defaulted on this promissory note, insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds."

But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. And so, we've come to cash this check, a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice.

But there is something that I must say to my people, who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice: In the process of gaining our rightful place, we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred. We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again, we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force.

The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to a distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny. And they have come to realize that their freedom is inextricably bound to our freedom.

We cannot walk alone.

And so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.

I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal."

I have a dream that one day on the red hills of Georgia, the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.

I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.

I have a dream today!

I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of "interposition" and "nullification" -- one day right there in Alabama little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today!

I have a dream that one day every valley shall be exalted, and every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight; "and the glory of the Lord shall be revealed and all flesh shall see it together.”

This is our hope, and this is the faith that I go back to the South with.

With this faith, we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith, we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith, we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.

And when this happens, when we allow freedom ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual:

Free at last! Free at last!

Thank God Almighty, we are free at last!

PS: Caso alguém queira ler o discurso por inteiro, este é o link: http://www.americanrhetoric.com/speeches/mlkihaveadream.htm

sábado, 1 de março de 2008

Dedicação e trabalho duro compensam!

Olá!

Será uma postagem de fato muito curta, uma vez que preciso voltar a fazer aquilo que devo fazer. Só queria dizer que todas as longas horas de dedicação ao dever compensam quando você colhe excelentes resultados.

Até mais,

Vítor!