Particularmente, foi por esse texto que decidi criar esse blog, tendo em vista que uma pessoa me incentivou a publicá-lo. Ele só não foi a primeira postagem pelo simples motivo de que o Imperador Humano enquadra-se no Movimento Paranasiano Argumentativo, que precisava ser introduzido.
A propósito, o autor do Movimento Parnasiano Argumentativo sou eu. (Esqueci de publicar a autoria no primeiro post).
Imperador Humano
No planeta Terra, existem cinco reinos — Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia — governados por uma única espécie imperatriz, a humana. Contudo, ao se analisar essa realeza, percebem-se, tristemente, abismais diferenças entre sua alta e baixa nobreza. Esta última encontra-se em tão miserável situação que pode ser considerada inferior a espécies subordinadas à Homo sapiens, como é o caso da Rattus rattus.
Nota-se essa subvalorização humana em diversas situações. Certamente, a mais significativa delas é o momento da alimentação, uma vez que, enquanto reis, príncipes e duques banqueteiam-se em fartas refeições, nobres sem terra digladiam-se contra gatos vira-latas, cães pulguentos e ratos fétidos. O mais espantoso desse combate é que, de todos os competidores, o humano é o menos criterioso, haja vista que até felídeos, canídeos e a rataria selecionam o que os irá nutrir, enquanto que o homem apenas engole o que for mais semelhante a um resto de comida.
Por ser tão deplorável, é imprescindível que essa posição humana seja analisada. Esta animalizadora miséria deve-se ao egoísmo de certos membros dessa espécie perante seus semelhantes, tendo em vista que a família real e seus amigos pouco se importam com a degradante situação dos desprovidos de terra, justamente porque é sobre o suor, o sofrimento e o sangue destes que os monarcas mantêm e aumentam, gananciosamente, seus privilégios, seus domínios e seus preciosíssimos papéis-moeda. O mais impressionante de todo esse fato é o rude riso de desprezo esculpido no rosto dos poderosos quando os humilhados esfarrapados tentam, em vão, modificar suas tenebrosas e aterradoras condições de existência.
Sendo assim, percebe-se que a disparidade entre os Homines sapientes não é uma ingênua questão evolutiva, como a que diferencia babuínos de lagartixas, mas sim, social e, principalmente, ética. Portanto, só será possível uma verdadeira igualdade intra-específica se a alta nobreza passar por um real processo de conscientização e moralização, promotor de profundas mudanças na sociedade e gerador de justiça e igualdade entre todos os humanos, sem discrime de natureza alguma.
PS 1: Se alguém estiver lendo e gostando deste blog, é tristemente provável que eu só volte a postar alguma coisa no próximo final de semana. A propósito, garanto que sexta que vem já terá uma nova postagem, pois ela já está escrita.
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